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O que é melhor fazer junto com a musculação, bicicleta ou esteira?

  • Professor Igor Eduardo
  • 24 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

Um fato interessante sobre as perguntas pertinentes ao treinamento físico como um todo está no fato que a maioria das questões sobre treinamento terão quase sempre uma resposta em comum: Depende. E a reposta para essa pergunta não é diferente: eu faço musculação, e gostaria de fazer uma atividade aeróbica na mesma sessão, o que é melhor fazer, bicicleta ou esteira?

Um estudo muito interessante que li a pouco se comprometeu a responder esta questão. No artigo publicado no Journal of Strength and Conditioning Research em 2009, desenvolvido pelo do Departamento de Cinesiologia e Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Stephen F. Austin, do estado do Texas, 30 indivíduos foram utilizados como amostra (22 homens e 8 mulheres, 18-23 anos). Os indivíduos foram aleatoriamente designados para participar em 1 de 3 diferentes grupos: grupo que treinava somente musculação (GM) que consistia na realização dos exercícios de extensão da perna, flexão da perna e Leg Press com um volume de 3 séries para cada exercício (tabela 1); grupo que treinava musculação + bicicleta (GMB); e grupo que treinava musculação + esteira com inclinação (GME).



Os 3 grupos treinavam com uma freqüência de 2 vezes por semana durante 9 semanas. As medidas de massa corporal e composição corporal foram mensuradas antes e após o treinamento. Os participantes também realizaram o teste de força de 1 repetição máxima antes do estudo começar, após 3 semanas, após 6 semanas e após as 9 semanas de treino. Mais algumas observações: o treinamento de endurance consistia na realização do exercício (bicicleta ou esteira) a 65% da freqüência cardíaca máxima predita pela idade (tabela 2). As ordem dos tipos de treinamento no GMB e no GME eram alternadas em cada sessão.



E quais foram os resultados do estudo? Em suma:


  1. Quando foram analisados homens e mulheres juntos, a massa corporal do GM foi significativamente maior do que o GMB e o GME após as 9 semanas;

  2. A massa corporal dos homens do GM foi significativamente maior do que o GMB e o GME;

  3. A composição corporal dos homens foi significativamente menor dos grupos GMB e GME comparados ao GM;

  4. Quando comparados todos juntos (homens e mulheres), o percentual de mudança na força teve maiores ganhos no GM quando comparado ao GMB após 6 semanas;

  5. Quando comparados todos juntos, o percentual de mudança na força teve maiores ganhos no GM em comparação ao GMB e ao GME após as 9 semanas;

  6. O percentual de mudança na força, para os homens, foi significativamente maior para o GM comparado ao GME após 3 semanas;

  7. O percentual de mudança na força, para os homens, foi significativamente maior para o GM comparado ao GMB e ao GME após 6 semanas, e o GMB foi significativamente maior ao GME após 6 semanas;

  8. O percentual de mudança na força, para os homens, foi significativamente maior para o GM comparado ao GMB e ao GME após as 9 semanas, e o GMB foi significativamente maior ao GME após as 9 semanas;

  9. O percentual de mudança na força, para as mulheres, foi significativamente maior para o GM comparado ao GME após as 9 semanas.


E quais foram as conclusões deste estudo?


  1. Se o seu objetivo primário é desenvolver a força em um grupamento muscular específico, deve-se evitar um treinamento de endurance para aquele grupo muscular previamente ao treino de força;

  2. Os indivíduos com o objetivo de desenvolver força em combinação com um treinamento de endurance moderado devem realizar o treinamento de força antes do treinamento de endurance em vista da intensidade do treinamento de força;

  3. Os indivíduos com o objetivo de treinar força em um grupamento muscular específico na mesma sessão que realizam um treinamento de endurance para o mesmo grupamento muscular deveriam escolher uma modalidade de endurance que tenha o padrão de movimento biomecânico similar ao desempenhado no treino de força.


Portanto, de acordo com o estudo de Gergley, muitas coisas devem ser levadas em consideração na hora de escolher qual tipo de treinamento seria mais compatível com seus objetivos. Lembrando, que os resultados deste estudo dizem respeito ao treinamento de endurance, realizado numa intensidade muito inferior ao que é realizado no HIIT, porém a questão do padrão de movimento biomecânico e ordem de realização também vale nesta condição. No final, sua escolha deve basear somente nos seus objetivos!!! Fica a dica.


 
 
 

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