Complexos como Gatos...
- Professor Igor Eduardo
- 9 de mai. de 2017
- 2 min de leitura

Nos estudos na área de neurofisiologia, é natural que antes de estudar os seres humanos, sejam utilizados alguns modelos animais com a finalidade de se chegar a resultados mais conclusivos, uma vez que é possível, digamos assim, ir mais “a fundo” nas possibilidades explorativas. Ou seja, é mais fácil (mais ético) pegar um gato, abrir a cabeça dele e ver como está funcionando do que fazer isso com seres humanos (e obviamente é mais fácil de descartar depois o pobre do gato depois de todo “abrido”). Porém, uma coisa que tem me chamado a atenção é a quantidade de estudos que se tem nessa área que utilizam gatos. Eu sabia que utilizavam-se bastante ratos e macacos como modelos animais na área de neurociência antes de chegar ao ser humano, mas gatos???
Bom, como eu não sou nenhum biólogo especialista em gatos, fui atrás para descobrir o porque disso, e descobri que existe uma similaridade das estruturas físicas do cérebro humano e do cérebro do gato muito grandes. De acordo com Nicholas Dodman, especialista em comportamento animal da Universidade de medicina veterinária de Tufts, EUA, tanto em humanos como em gatos, o cérebro é composto pela substância branca e pela substância cinzenta. E assim como os humanos, os gatos possuem córtex temporal, occipital, frontal e lobos parietais, cada região conectados da mesma forma. Assim como eles recebem input dos 5 sentidos básicos e processam isso da mesma forma que humanos! A única diferença mesmo é que nós, seres humanos, possuímos o neocortex (onde se localizam o centro da fala e da memória associativa) e os gatos não.
Com isso em mente, foi possível descobrir, por exemplo, através de estudos realizados em gatos com transecção da medula espinhal a nível torácico, que algumas atividades cíclicas, como o caminhar, são comandados por circuitos neuronais específicos que funcionam como uma espécie de “programa”, e que esses programas (denominados de geradores centrais de padrão) estão localizados a nível de medula espinhal. Uma descoberta muito interessante, e que nos leva a crer que também possuamos esses circuitos!
Em breve, mais estudos nessa área!
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